R E D S H I F T
R E D S H I F T • A mudança aparente na freqüência das ondas de luz causada pelo movimento relativo entre as estrelas e a Terra indica que quase tudo que podemos observar no universo está se movendo rapidamente para longe de nós.
R E D S H I F T • A mudança aparente na freqüência das ondas de luz causada pelo movimento relativo entre as estrelas e a Terra indica que quase tudo que podemos observar no universo está se movendo rapidamente para longe de nós.
Nossa pele se renova mensalmente, nosso fígado, a cada seis semanas, e até nosso cérebro altera o seu conteúdo de carbono, nitrogênio e oxigênio mais ou menos a cada 12 meses. Nossas células mudam constantemente, assimilando elementos de outros organismos para criarem novas células e, apesar desse intercâmbio constante de matéria física, nos mantemos consideravelmente estáveis. Isso porque em qualquer ponto do corpo-mente a matéria se origina a partir de um elemento fundamental, ainda que invisível >> a in-formação.
Algumas das imagens que chegaram até as lentes do telescópio Hubble viajaram por 12 bilhões de anos até nos encontrar. Isso significa que chegamos perto de fotografar o Big Bang. Colecionamos memórias longínquas de corpos que nasceram e deixaram de existir bilhões de anos antes da vida na Terra. É possível que uma civilização do futuro, daqui a 100 milhões de anos ou mais, capture a luz que nossa galáxia, nosso sol, nosso planeta estão emitindo hoje. Ainda que a matéria pereça, a energia permanecerá viajando enquanto luz por todas as direções do espaço-tempo e, em qualquer momento que seja captada por um observador, essa informação se transformará em lembranças do futuro.
Depois de investigarmos o caminho para a criação de uma civilização multiplanetária e de nos aventurarmos pela origem do Big Bang em Tales of Hyperspace 1 & 2, nossa trilogia de Contos do Hiperespaço chega ao seu calamitoso fim.
Kane Tanaka é a pessoa mais velha do mundo hoje. No dia 02 de janeiro de 2019, ela completará 116 anos. A data de nascimento de Kane Tanaka está mais próxima da época em que Napoleão governava a Europa do que dos dias atuais.
Nunca antes na história houve tantas pessoas vivendo na Terra como há agora. A população mundial passou a crescer exponencialmente desde a Revolução Industrial. De 1 bilhão, em 1800, passamos a ser 7,6 bilhões de humanos em 2017. Se, no ultimo século, o número de pessoas vivendo no planeta quadruplicou, o que podemos esperar para o futuro? Migração em massa, megacidades com extensão continental, poluição, caos, violência e disputa por água, comida e energia são previsões sensacionalistas ou fazem algum sentido?
Imagine a evolução da vida como um lance de escadas onde cada estágio é um degrau. No primeiro degrau, elementos químicos precisam se aglutinar em padrões autoreplicáveis estáveis, mas ao mesmo tempo capazes de se adaptar e evoluir conforme as condições do ambiente. No segundo degrau, esses padrões se transformam em células capazes de utilizar a energia disponível de forma eficiente. No terceiro, essas células se combinam e se multiplicam para gerar seres multicelulares possibilitando que surja diversidade e complexidade. No quarto degrau, algumas das espécies formadas por diferentes combinações de células desenvolvem cérebros capazes de criar e utilizar ferramentas e de compartilhar conhecimento, o que gera uma complexidade ainda maior. No quinto degrau, a espécie mais evoluída se torna a forma dominante de vida no planeta, podendo alterar o ambiente conforme suas necessidades. Nesse estágio, que é o que nos encontramos agora, começam a ocorrer algumas tentativas de transcender os limites planetários.
A nossa galáxia tem cerca de 13 bilhões de anos. Logo que ela nasceu, não era um local muito propício para o surgimento da vida (as coisas explodiam com muita frequência) mas depois de uns 2 bilhões de anos, começaram a surgir os primeiros planetas habitáveis. Já que a Terra só tem 4 bilhões de anos, é muito provável que houveram bilhões, talvez trilhões, de outros planetas no passado onde a vida pode ter surgido e se desenvolvido.
Por mais de meio século, James Turrell, possivelmente o mais respeitado artista no campo da light art, cria experiências sensoriais onde a presença da luz e do espaço podem ser sentidas física e emocionalmente, quase como entidades reveladas pela percepção. Suas instalações não retratam luz e espaço; elas são luz e espaço e promovem um estado de meditação contemplativa em que o visitante é estimulado a contemplar sua própria contemplação, despertando para os seus sentidos e para a materialidade da luz. O importante, nas palavras do artista, é despertar um pensamento que não possa ser descrito em palavras.
Era improvável que o tuberculoso, penosamente pobre e patologicamente tímido Georg Bernhard Riemann, um homem que sofria de repetidos colapsos nervosos, pudesse desencadear uma completa revolução no pensamento científico e cultural. Mas em junho de 1854, na Universidade de Gottingen na Alemanha, Riemann fez uma célebre apresentação de seu ensaio “Sobre as hipóteses que residem nos fundamentos da geometria” expondo ao mundo as propriedades do espaço de múltiplas dimensões e fazendo desmoronar a geometria euclidiana que havia vigorado por dois mil anos.
O universo observável tem 90 bilhões de anos-luz de diâmetro. Existem pelo menos 100 bilhões de galáxias. Cada uma delas, tem algo entre 100 bilhões a 1 trilhão de estrelas. Planetas também são extremamente comuns. Só na Via Láctea estima-se que existam 100.000.000.000 de planetas habitáveis, o que significa que há muitas oportunidades para o surgimento e evolução da vida. Se apenas 0,1% dos planetas habitáveis da Via Láctea abrigassem vida, haveria 1 milhão de planetas com vida extraterrestre só na nossa galáxia.
Em 20 de agosto e 5 de setembro de 1977, as sondas Voyager 2 e Voyager 1, respectivamente, foram lançadas às estrelas carregando o Golden Record, um disco que contém uma mensagem que deve viajar pelo espaço mesmo depois que as Voyagers perderem a capacidade de comunicação com a Terra, mesmo depois que a Terra não exista mais como conhecemos hoje. Feita para durar mais de um bilhão de anos, essa missão, que completa 40 anos na próxima semana já levou um objeto desenvolvido pela humanidade para distâncias jamais atingidas antes.
Foi preciso um eclipse total do sol para que as leis de Newton sofressem sua primeira grande modificação em mais de dois séculos. Quando Einstein propôs a teoria da relatividade, se acreditava que o espaço e o tempo fossem absolutos e independentes. Segundo a Relatividade, as três dimensões do espaço se fundiriam com a dimensão do tempo e formariam uma única variedade de 4 dimensões chamada espaço-tempo. A matéria (energia) curvaria o tecido do espaço-tempo a sua volta, sendo a gravitação um efeito dessa curvatura.
Na mitologia romana, Saturno (Cronos, para os gregos) é o deus do tempo e um dos titãs (deuses que enfrentaram Júpiter, ou Zeus na mitologia grega). Apesar de levar 29 anos para concluir sua órbita, Saturno tem uma rotação de apenas 10 horas e meia e é, por isso, um planeta achatado. A origem do seu peculiar sistema de anéis composto por gelo e água ainda é um mistério. Observada pela primeira vez em 1.610, por Galileu, acredita-se que a estrutura de anéis tenha se originado a partir da desintegração de cometas que chegaram perto do planeta, numa zona conhecida como limite de Roche, onde a gravidade de Saturno é forte o suficiente para desintegrar um corpo que esteja em órbita.
A fascinante Sputnik Planum, região conhecida como o coração de Plutão, não apenas possui a forma de um coração, como também bombeia gelo de nitrogênio pela superfície do ex planeta e se renova completamente a cada período de 500 mil a um milhão de anos, o que é um tempo relativamente curto no que diz respeito a atividades geológicas.
Nossa espécie surgiu há quase 200 mil anos e há apenas 400 anos atrás, Giordano Bruno foi queimado vivo por afirmar que existiam outros planetas além da Terra. Hoje, a cada semana, encontramos um novo planeta orbitando uma estrela diferente da nossa. A civilização que agora vive é privilegiada por estar testemunhando o início da maior transição da história da humanidade.
Quando astrofísicos procuram por civilizações alienígenas, eles não procuram por homenzinhos verdes a bordo de discos voadores. Eles procuram por consumo de energia. Mais especificamente, por civilizações planetárias, estelares ou galácticas.
Uma civilização planetária controla todas as formas de energia do planeta. Controla o clima e os oceanos, manipula terremotos e vulcões. Uma civilização estelar controla a energia de estrelas e nada conhecido pela ciência pode destruí-la. Nem mesmo a morte do seu sol é um problema porque, nesse estágio de evolução, é possível encontrar outra estrela e mover o planeta de local ou reascender a energia do sol. Uma civilização galáctica controla a energia de uma galáxia, controla buracos negros e portais para outras dimensões. Esse tipo de civilização é capaz de manipular o espaço-tempo.
Nós, terráqueos, ainda obtemos energia a partir de plantas mortas, petróleo e carvão, mas por volta do ano 2.100, seremos capazes de controlar toda a energia do nosso planeta e de impedir que desastres naturais aconteçam. Estamos presenciando as dores do parto do nascimento de uma civilização planetária.
A cada dia as manchetes apontam para duas fortes tendências. Uma delas, orientada para o surgimento dessa nova civilização, que é global, científica, multicultural e tolerante. A outra, orientada para a sua destruição através da barbárie, do fundamentalismo, do sectarismo e da intolerância.
Somos constituídos pelos elementos mais abundantes no universo: carbono, água e oxigênio. Não somos raros. Presume-se que civilizações como a nossa sejam comuns, porém poucas delas teriam sido bem sucedidas em fazer a transição para uma civilização planetária, porque é nesse estágio que também se adquire capacidade para cometer suicídio em escala global.
Se formos capazes de controlar os nossos impulsos destrutivos e de abrir mão das nossas certezas para abraçar o desconhecido, é provável que, por volta da metade desse século, façamos contato com uma civilização inteligente extraterrestre. Talvez eles estejam esperando pela nossa evolução.