O CORAÇÃO DE PLUTÃO ESTÁ PULSANDO

A fascinante Sputnik Planum, região conhecida como o coração de Plutão, não apenas possui a forma de um coração, como também bombeia gelo de nitrogênio pela superfície do ex planeta e se renova completamente a cada período de 500 mil a um milhão de anos, o que é um tempo relativamente curto no que diz respeito a atividades geológicas. 

Descoberto em 1930, Plutão tem meros 2.374 quilômetros de diâmetro (menos de 20% do tamanho da Terra) e as temperaturas da sua superfície oscilam em torno de -225 graus celsius. Em 2006, a União Astronômica Internacional definiu que, para ser classificado como planeta, o corpo celeste deve ser esférico, girar em torno do sol e ter órbita livre, sem outros objetos no seu caminho. Plutão está em uma região de vários objetos, o cinturão de Kuiper, por isso perdeu a condição de planeta.

Na mitologia grega e romana, Plutão, o rico, é o deus do submundo, soberano do reino dos mortos. Guardião dos minérios, do petróleo e de todas as riquezas do subsolo que fazem brotar do seu âmago as sementes, a vida e a morte. 

Sua maior lua, Charon (ou Caronte, em Português) forma, junto com Plutão, um sistema binário porque Plutão não possui dominância gravitacional sobre Charon devido à semelhança da massa dos dois corpos celestes. É como se ambos fossem satélites naturais de um vazio, caso único no sistema solar.

Na mitologia, Charon, filho de Nix (a noite) é o barqueiro de Hades (Plutão) que leva as almas dos mortos sobre as águas paradas do sinistro rio Estige.